No final de semana achei essa matéria, li e achei bem
interessante, pois uns domingos atrás na Sociedade Espírita a palestra foi
sobre materialismo, desapego material e tal.
Ingressei no espiritismo devido uma necessidade de me
encontrar, de me tornar alguém melhor e tal e realmente a religião tem me
ajudado muito. Me considero uma pessoa materialista, mas não a ponto de não
querer desencarnar e ficar zanzando no mundo terreno atrás dos bens que
conquistarei em vida...credo, não quero isso, mas fiz uma opção na minha vida,
que foi estudar (e continuo estudando), pois pretendo conquistar durante a vida
um certo conforto, poder dar uma vida boa aos meus futuros filhos (se eu chegar
a ter), viajar com meu esposo...para poder viver a vida e não somente
sobreviver. Neste aspecto acredito que o materialismo seja saudável...sem usar
ninguém p/ adquirir as coisas, sem trapacear...conquistas com o próprio esforço
é o troféu.
Então
segue abaixo o texto de Rosana Faria de Freitas
Fonte: Google Imagens
É difícil não ser materialista em uma sociedade que estimula
o consumo e a aquisição de bens. Mas nem todo mundo é influenciado pelos apelos
para adquirir o tablet mais sofisticado do mercado ou o carro do ano. Para
especialistas, tudo depende das características de cada um e na cultura na qual
se está inserido.
"Nossa sociedade é capitalista e valoriza mais o ‘ter’
ao ‘ser’”, analisa a psicanalista e psicóloga Cynthia Boscovich. De qualquer
forma, a educação e o ambiente podem influenciar. “Nós aprendemos com o que
vemos, sentimos e ouvimos. Portanto, tanto um quanto o outro são determinantes
para a construção de crenças e valores”, completa a psicóloga Fernanda Mion,
especializada em programação neurolinguística.
"Com o estilo de vida moderno, em que não há tempo para
nada e tudo tem que ser ‘para ontem’, os relacionamentos estão cada vez mais
frouxos ou até descartáveis. Tudo isso permeia o estilo de vida e as relações
pessoas e sociais”, observa, também, Boscovich. Dessa forma, é muito fácil se
render a tantas demandas e se apegar mais aos valores materiais.
Eu quero, você quer, todos querem
Há que se considerar, ainda, que o bombardeio dos itens de
consumo pela mídia parece não ter fim. Às vezes, pode parecer impossível
resistir ao apelo de tantas “novidades”, que inclusive se mostram cada vez mais
acessíveis, ao alcance de qualquer um.
De qualquer forma, ser materialista não significa
necessariamente um “defeito”. “Pode ser que tal aspecto não interfira no dia a
dia e nas relações a ponto de trazer prejuízos. Só há problemas se esse lado
prejudica o cotidiano do indivíduo. Precisamos entender, e aceitar, que cada
pessoa é um ser único, com nuances de personalidade relacionadas ao ambiente e
à cultura em que vive”, ressalta Boscovich.
O sinal de alerta deve ser acionado quando o sujeito “perde”
partes importantes da sua existência porque está muito apegado às conquistas
materiais.
“O exemplo típico é o pai, provedor, sempre ocupado em
trabalhar e oferecer o máximo para sua família. Não raro, quando se dá conta,
os filhos cresceram e ele nem aproveitou, conviveu”, diz Mion.
Conhecer-se é o que importa
Então, é importante tomar cuidado para não afirmar que um
indivíduo não-materialista é melhor ou pior do que outro com tal
característica. “Ser materialista não é sinônimo de ter problemas, mas sim de
viver de um jeito que, no entender de muitas pessoas, pode ser estranho”, diz a
psicanalista Boscovich, acrescentando que “o essencial é que o sujeito se sinta
bem”.
O que não deveria faltar é a busca pelo autoconhecimento.
“Tal estudo faz o paciente entrar em contato com suas questões. Dessa maneira,
é capaz de elucidar dúvidas relacionadas a si mesmo e o quanto a escolha de
viver deste ou daquele jeito é espontânea, vem de dentro ou é ditada por regras
sociais. O segredo é sentir que suas opções são feitas na primeira pessoa,
considerando aquilo em que acredita, sem se preocupar demasiadamente com a
opinião alheia.”
Mion observa que o processo psicoterapêutico leva ao
reconhecimento de pontos em que precisamos nos desenvolver, auxiliando na
mudança de comportamentos e atitudes.
E no outro extremo do materialismo estaria alguém
“espiritualizado”? Boscovich diz que nem sempre: “Conheço muitas pessoas
espiritualizadas que também são materialistas. Cada um é cada um, pois o ser
humano é complexo e dinâmico, então não devemos rotular.”
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