Olá garotas...pois eis que começam a surgir em mim os primeiros fios brancos...óbvio que arranco todos, mas sei que chegará um determinando momento em quer precisarei recorrer a outra alternativa...hahaha
Segue abaixo uma matéria bem legal sobre os danados fios brancos
Fonte:Google Imagens
Cientistas desconfiam que os cabelos grisalhos e brancos que
tememos (ou aceitamos de bom grado) podem aparecer mais cedo com as preocupações
Reportagem de: Coco Ballantyne
O ESTRESSE ENVELHECE – Ainda não foi encontrada nenhuma
ligação direta, mas os cientistas acreditam que o estresse pode levar ao
branqueamento dos fios A lenda conta que os cabelos de Maria Antonieta ficaram
brancos na noite anterior ao seu encontro com a guilhotina. Aparentemente, o
estresse da decapitação iminente fez com que seus cachos perdessem a cor em
questão de horas. Muito provavelmente, isso não passa de um mito mas, segundo
os cientistas, o estresse pode exercer um papel em um processo mais gradual de
branqueamento dos cabelos.
Os primeiros fios grisalhos aparecem lá pelos 30 anos de
idade nos homens e aos 35 anos nas mulheres, mas para algumas pessoas, os
cabelos podem começar a perder a cor bem cedo, aos 17 anos, ou bem mais tarde,
aos 50.
Tudo começa nos folículos capilares. Uma cabeça humana
normal tem cerca de 100 mil dessas cavidades em forma de lágrima, cada uma
capaz de dar origem a vários fios durante a vida inteira. Na base de cada
folículo fica uma “fábrica de crescer cabelos” onde as células trabalham para
produzir cabelo colorido. Os queratinócitos (células epidérmicas) formam o
cabelo de baixo para cima, empilhando-se uns sobre os outros e finalmente
morrendo e deixando para trás a queratina, uma proteína sem cor que confere
textura e resistência ao cabelo. A queratina também é um componente básico das
unhas, da camada mais externa da pele, dos cascos e garras dos animais e até
mesmo dos chifres dos rinocerontes.
À medida que os queratinócitos constroem os fios, os
melanócitos vizinhos fabricam um pigmento chamado melanina, que chega até os
queratinócitos em pequenos pacotes chamados melanossomos.
A melanina do cabelo vem em duas tonalidades – eumelanina
(castanho escuro ou preto) e feomelanina (louro ou ruivo) – que combinadas em
diferentes proporções criam uma grande variedade de cores para cabelos humanos.
O cabelo que perdeu a maior parte de sua melanina se torna grisalho, e aquele
que perdeu todo o pigmento fica branco.
Em qualquer fase da vida, de 80% a 90% dos cabelos estão em
uma fase ativa de crescimento, que pode durar de dois a sete anos. Ao final
desse estágio, o folículo seca, os queratinócitos e melanócitos passam por uma
morte celular programada (apoptose) e o folículo entra em uma fase de repouso,
durante a qual os fios caem.
Para começar a produzir um novo fio de cabelo, a “fábrica”
localizada no folículo tem que ser reconstruída. Novos queratinócitos e
melanócitos são recrutados de células progenitoras, também chamadas de
células-tronco, que ficam na parte inferior do folículo. Por razões
desconhecidas, as células-tronco dos queratinócitos têm uma longevidade muito
superior às células-tronco dos melanócitos, afirma David Fisher, professor de
pediatria na Harvard Medical School. “É a depleção gradual das células tronco
dos melanócitos que leva à perda de pigmento”, explica.
Mas será que o estresse acelera a morte dessa população de
melanócitos? “Não é tão simples assim”, diz Fisher, ressaltando que o processo
pelo qual os cabelos se tornam grisalhos é uma equação multivariável. Os
hormônios do estresse podem ter impacto sobre a sobrevivência e/ou atividade
dos melanócitos, mas ainda não foi encontrada nenhuma ligação direta entre ele
e os cabelos grisalhos. No entanto, as suspeitas – e hipóteses – são numerosas.
“Esse processo poderia ser resultado de um dano crônico provocado por radicais
livres”, propõe Ralf Paus, professor de dermatologia do Hospital Universidade
Schleswig-Holstein em Lübeck, na Alemanha. Os hormônios do estresse, produzidos
sistemica ou localmente (pelas células no folículo) poderiam dar origem a uma
inflamação que desencadeia a produção de radicais livres – moléculas instáveis
que danificam as células –, e “é possível que esses radicais livres pudessem
influenciar a produção de melanina ou induzir seu clareamento”, diz Paus.
“Há evidências de que a expressão local de hormônios do
estresse age como mediadora de sinais que instruem os melanócitos a levar
melanina até os queratinócitos”, nota Jennifer Lin, dermatologista que conduz
pesquisas em biologia molecular no Dana-Farber / Harvard Cancer Center, em
Boston. “É concebível que, se o sinal for interrompido, a melanina não levará
pigmento até o cabelo”.
Clínicos gerais observam que pacientes que sofrem de
estresse ficam com os cabelos grisalhos mais rapidamente, diz Tyler Cymet,
diretor de medicina familiar no Sinai Hospital, em Baltimore, e que conduziu um
pequeno estudo retrospectivo sobre o branquamento dos fios entre seus
pacientes. “Constatamos que pessoas que passaram por um período de estresse de
dois a três anos ficaram com os cabelos grisalhos mais rápido”.
Cymet suspeita que isso acontece porque “já foi definido
geneticamente, e o estilo de vida nos dá uma variação de cinco a 10 anos a
menos ou a mais para que o branqueamento ocorra”. Geralmente, os loiros parecem
ganhar cabelos grisalhos mais tarde porque os fios brancos se escondem mais
facilmente em um mar de cabelos claros – quando, na verdade, pessoas com os
cabelos mais escuros (de ascendência africana e asiática) parecem reter a cor
dos fios por mais tempo.
Em resumo, os cientistas estão começando a reunir pistas de
que o estresse pode acelerar o processo de branqueamento dos fios, mas ainda
não há evidências científicas que demonstrem uma relação de causa e efeito.
Então, o que aconteceu com Maria Antonieta? Há pelo menos
três explicações possíveis: ela pode ter sofrido um ataque repentino de
Alopecia areata, uma doença auto-imune que ataca cabelos com pigmento, causando
sua queda, mas deixa os fios brancos intocados. Ou então o estresse da situação
poderia ter gerado uma multidão de radicais livres em seus folículos capilares,
que viajaram pela haste dos fios, destruindo o pigmento e produzindo um efeito
branqueador. Ou talvez ela tenha parado de usar suas perucas – revelando que
seus cabelos já eram brancos há muito tempo.

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